terça-feira, 7 de abril de 2009

Inquieto

Adianta eu fingir que está tudo bem? Adianta eu fazer o que eu não acredito? Adianta eu robotizar a minha existência crendo que nada aconteceu.

Não, estou profundamente mexido. Meu coração balança diferente a cada batida e meus pensamentos circulam desencontrados.

Que tipo de preservação estou tendo comigo mesmo? Que tipo de expectativa eu tenho para o futuro? O que realmente eu quero que aconteça? Posso fazer com que as coisas aconteçam do jeito que eu quero? Obviamente que eu não tenho esse poder.

Queria, queria muito nessa hora de poder ser o Deus das coisas e fazer com que tudo acontecesse do jeito que eu quero. Consegui isso durante alguns e insuficientes maravilhosos dias. Não vou poder exercer essa magia pro resto dos meus dias. Sou um semi-Deus, no máximo!

E com isso sofro. Sofro, e muito. Tem uma voz dentro de mim que grita e esperneia. Uma efervescência química constante. Um ser interior que acredita com todas as forças de que a busca encerrou-se.

Sofre. E muito. A vida o desafia. O desacredita. Ele habita meu corpo triste, choroso. Pode estar isso tudo errado? Pode isso ter sido apenas uma aventura venenosa: que embriaga no começo e destrói no final?

Muitas vozes. Nenhuma certeza. Grito constante que implora. Silêncio.

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