sábado, 18 de julho de 2009

Shutdown

Quando eu era bem criança e não conseguia dormir, eu lembro de pedir para a minha vovozinha ler uma história para mim – caso ela estivesse com a gente. Sei que muitas vezes isso era por puro prazer e não por falta de sono numa criança, mas enfim, era assim que acontecia. Vinha a minha pequeníssima avó, cheia de açúcar e com o seu forte e eterno sotaque romeno contar com livro nas mãos as mais sabidas fábulas infantis que temos.

Agora, uma criança crescida, quando tenho dificuldades para dormir, racionalmente posso utilizar de recursos químicos adequados. Como sou abençoado por uma invejável saúde na cama, nunca precisei de medicação mais forte nesse sentido. Um ou outro ansiolítico leve apenas para tirar aquele edge das possíveis angústias do pensamento.

Mas existem alguns pensamentos que... aprisionam-se! E levam consigo corrente sanguínea afora reações por demais mal-vindas nesse preciso momento: o de dar um fade-off da vida e recuperar corpo e mente para mais uma jornada.

Finalizo todo esse discurso dizendo aqui o que realmente descobri eficaz para essa hora, independente do grau de gravidade do pensamento: Eu utilizo uma invenção de um cara chamado Steve Jobs. É um pequeno aparelho que eu plugo diretamente no meu cérebro através da sua entrada auricular – isso é o hardware. E de software, eu uso programas desenvolvidos lá atrás nas décadas de 50 e 60 por um outro norte-americano, um negro nascido em 1926 chamado John William Coltrane. É simplesmente fantástico, diria até que quase milagroso. Recomendo.

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